sexta-feira, 19 de maio de 2017
ENERGIA NO PAÍS Expansão de energia eléctrica nas zonas rurais FUNAE aposta em painéis solares
Por: Joaquina Joaquim
Vilanculos Mondlane
O Fundo Nacional de Energia, FUNAE, esta a expandir
a corrente elétrica nas zonas recônditas do país através de painéis solares
produzidos no distrito de Boane, província de Maputo.
fotos de paineis solares a disposicaio |
A fábrica de produção de painéis solares, FUNAE,
foi instalada em Boane, província de
Maputo com objectivo de responder as necessidades das comunidades no que tange ao
fornecimento de energia para iluminação através de sistema fotovoltaicos.
Segundo Arão
Machava, engenheiro do FUNAE,
actualmente estão em curso vários projetos que visam instalar painéis
solares nas zonas rurais do País.
Falando numa entrevista
concedida ao nosso orgão de informação, Arão Machava referiu que o FUNAE,
disponibiliza painéis solares a preços bonificados a cidadãos economicamente
carenciados. A eletrificação nas zonas rurais e feita através do plano econômico
do governo onde primeiro definem-se as prioridades e faz-se o levantamento das
necessidades da população no ponto de vista de iluminação rural.
Segundo a fonte,
a prioridade neste projeto e providenciar energia fotovoltaica as instituições
públicas como e o caso de Escolas, Centros de Saúde, casas do chefe do posto,
Secretaria do distrito e por fim residências e estabelecimentos comerciais em
zonas não abrangidas pela rede pública de eletricidade.
A fonte acrescentou ainda que o governo
subsidia a aquisição destes meios de produção da corrente elétrica e a população
tem a sua comparticipação pagando uma tarifa mensal como forma de amortizar
aquilo que foi investimento inicial e manter a unidade fabril operacional.
Neste momento
todos os distritos da província de Maputo beneficiam dos painéis solares e que
recentemente o FUNAE fez um levantamento nos distritos de Madlakaze e Magude no
âmbito do plano econômico e social para o ano de 2017, com o objetivo de expandir
e eletrificar alguns Postos Administrativos daquela região’’, revelou Machava.
Este processo
traz consigo vantagens como a introdução de aulas a noite, realização de partos
nocturnos com segurança nas Unidades Sanitárias e a possibilidade de os
beneficiários poderem desenvolver actividades a noite mercê de iluminação, como
pequenos negócios, já que a luz prolonga o dia.
Para além destes
meios, o FUNAE aposta na montagem de bombas de água, activadades pela energia
solar, visando facilitar abastecimento da água, para reduzir o tempo que gastam
e as distâncias que percorrem procura do precioso líquido.
Num outro
desenvolvimento, Arão Machava referiu que produz fogões melhorados que usam biomassa
como forma de economizar o carvão, e combater o desflorestamento.
O Fundo conta
com diferentes parceiros nacionais e organizações não-governamentais como, a
Visão Mundial, Banco Mundial e quase todas as Instituições ligadas a área de eletrificação a título de exemplo a EDM (Electricidade de Moçambique) para
levar a cabo este ambicioso projeto.
O seu desafio e eletrificar
todo o país através de sistemas fotovoltaicos e também usando outras formas alternativas
de energia limpa como a eólica, a base do vento.
Neste momento, o
FUNAE produz quatro tipos de painéis solares o de 150W, que serve para eletrificar
uma casa com cerca de 10 lâmpadas de baixo consumo, um televisor, carregar um telefone
e mesmo usar um rádio. Produz ainda painéis de 100W, que da para 6 a 8 lâmpadas
de baixo consumo, televisor, carregar telefones, rádio e o terceiro painel é de
75W, esse serve principalmente para a iluminação de 6 a 8 lâmpadas, rádio, e
por fim temos o ultimo painel que é 10W este é só para a iluminação.
‘‘Dizer que temos
kites a pedido de cliente o primeiro chama se kite Tv, composto pela próprio TV
de 19 polegadas, com um painel de 75w, usa 2 lâmpadas vem com o próprio remote,
o segundo é de 10w usa 2 lâmpadas, com um ponto que facilita carregar vários
telefones’’, revelou Machava.
CHEMANE DESAFIA INSTITUIÇÕES DO ENSINO SUPERIOR A APOSTAR NA REDE MORE NET
Para o acesso livre ao
conhecimento
O professor Doutor Engenheiro,
Lourino Chemane, desafiou, durante a semana da comunicação da Escola Superior
de Jornalismo, as instituições do Ensino Superior moçambicanas a apostarem na
rede moro net para garantir acesso livre ao conhecimento.
Segundo
chemane, África não possui uma rede própria de comunicação que liga os países
do continente à semelhança da América
Latina, do Norte e do Sul e Ásia. A fonte aponta como uma das dificuldades a
Europa para o estabelecimento da rede a divisão geográfica do continente.
O
orador avança entretanto que o governo de Moçambique já tem em vista projetos
sobre política e estratégia de informação para facilitar a comunicação entre os
membros de instituições acadêmicas do país.
Lourino
Chemane, esclareceu que os países que fazem parte da moro net são: a África do
Sul, Moçambique, Zâmbia, Tanzânia, Uganda, Quênia e Ruanda, facilitando deste
modo o nosso país a comunicação e troca de informação e acesso a comunicação.
A
rede moro net tem por objetivo integrar as instituições do ensino superior numa
rede de comunicação de dados de alta velocidade, disponibilizando serviços de
qualidade e com sustentabilidade econômica tecnológica e institucional, como
forma de constituir um parceiro fundamental para o desenvolvimento da
comunidade Acadêmica em Moçambique.
Moro net é a rede de comunicação de dados que interliga instituições de Ensino Superior
e de Investigação, ela está ligada ao GABO NET. Serve como plataforma
tecnológica para apoiar a materialização da estratégia na área do Ensino
Superior, ensino Técnico Profissional e na área de ciência e Tecnologia
interligando as Instituições de Investigação.
Por
seu turno, Ilídio Lobato, outro orador nesta semana da comunicação, que falou
sobre livre acesso à informação científica, anotou que este é um desafio
trazido pela tecnologia de informação e comunicação sobre tudo a Internet,
sendo ela o espaço mais democratizado que existe e o ponto mais alto da
democratização do acesso a informação.
Lobato
vai longe ao afirmar que o conhecimento científico está a venda, a partir do
momento em que utilizador cede a um documento e para obter uma informação
cabavél deve pagar 20 a 30 dólares pelo artigo.
Para
Lobato, não existe dinheiro que pague um pesquisador, sendo o reconhecimento e
o prestígio perante a mesma sociedade, suficientes para o seu vencimento.
Declarações
feitas na semana da comunicação da Escola Superior de Jornalismo que decorreu
sob o lema:’’ Informação e Comunicação como Mecanismo de Partilha e
Conhecimento.